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 SANTA CRUZ 

Área da SANTA CRUZ - 19ª Região Administrativa

A antiga terra de Piracema, ocupada até o início do século XVI por índios da nação tupi-guarani, passou a ser denominada Santa Cruz em 30 de dezembro de 1567, com a chegada dos colonizadores portugueses, tendo à frente o primeiro Ouvidor-Mor da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cristóvão Monteiro e sua esposa, a senhora Marquesa Ferreira.

Aos Padres Jesuítas, da Companhia de Jesus, que receberam a antiga sesmaria como doação, coube a árdua tarefa da medição do latifúndio e todo o processo de beneficiamento das férteis terras, desde o final do século XVI até o ano de 1759, quando foram expulsos do Brasil. Santa Cruz foi uma das mais prósperas fazendas brasileiras, destacando-se a produção agro-pastoril em todo o século 18, com o escravo africano contribuindo decisivamente para o sucesso do empreendimento da Companhia.


Fonte Wallace

  
Santa Cruz começou a ser povoada em meados do século XVI. As terras faziam parte da antiga sesmaria de Guaratuba, que foi desmembrada em nome de Martim Afonso de Souza, no dia 16 de janeiro de 1567, para contemplar Cristóvão Monteiro, que se considerou merecedor das terras por ter ajudado na fundação da cidade do Rio de Janeiro, combatendo contra índios e franceses. Cristóvão Monteiro, que mais tarde seria ouvido-mor da Câmara do Rio de Janeiro, instala-se na região como o primeiro proprietário português das terras que tornariam a famosa Fazenda de Santa Cruz.

A Ponte dos Jesuítas foi construída sobre o rio Guandu e funcionava como uma ponte-represa, dotada de um sistema de comportas que podiam ser manejadas para o controle do fluxo das águas, principalmente nos períodos das chuvas mais intensas. Logo após a drenagem do excesso de água plantava-se o arroz nos campos para aproveitar a fertilidade do solo deixada pelos húmus. A ponte, que fazia parte de um complexo sistema de drenagem, irrigação e barragem das águas do rio Guandu, alem da sua importância econômica para Santa Cruz, possui também um significado artístico, pois é ornamentada por colunas de granito com capitéis em forma de pinhas portuguesas, tendo na parte central, uma espécie de brasão com o símbolo da Companhia de Jesus (IHS), a data de 1752 e o seguinte dístico em latim clássico: "Flecte genu tanto sub nomine flecte viator". "Hic etiam reflua flectitur amnis acqua". ("Dobra o teu joelho diante de tão grande nome, dobra-o viajante. Porque também aqui refluindo as águas, se dobra o rio").

Santa Cruz guarda monumentos da época do Império, vários tombados pelo Patrimônio Histórico. A arquitetura das casas mantém o estilo português, porém nem todos os pontos históricos do bairro, porém, são preservados.

A Paróquia Nossa Senhora da Conceição é a segunda maior do município do Rio de Janeiro e chama a atenção de quem visita o bairro

Um lugar que desperta o interesse de quem visita ou mora em Santa Cruz é o matadouro da época de Dom Pedro II. Em 1881 quando foi inaugurado, a região passou a ser destacada como um importante centro irradiador do desenvolvimento sócio-econômico, cultural e político do Rio de Janeiro. Em 1886 o segundo andar do Palacete do Matadouro foi adaptado para funcionar como escola, sob a denominação de Escola de Santa Isabel, como uma forma de prestar homenagem à Princesa Isabel. A escola funcionou até meados da década de 1970 sob várias denominações, até que o prédio fosse desativado, tombado pelo Patrimônio Histórico e destinado a ser restaurado e transformado em Centro Cultural de Santa Cruz.O local é hoje sede do Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante (CETEP). 

Com o intenso desenvolvimento da Cidade do Rio de Janeiro, ocorrendo em todas as direções, é criada em Santa Cruz, a Zona Industrial, provocando igualmente a sua urbanização, a exemplo da construção dos conjuntos habitacionais populares. 

A representação do poder público municipal, através da 19ª Região Administrativa, localiza-se à Rua Fernanda, 155, com os telefones 3395-0022, 3395-0299 e Fax 3395-1253.

Veja o mapa da região

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Área de Santa Cruz - Estatísticas dos bairros da 19ª Região Administrativa

BAIRRO

Paciência

Santa Cruz

Área construída (m2)

603865

1808139

População residente

63579

185584

População por domicílio

3,8

3,8

Ruas e avenidas

419

825

Jardins, parques, praças

28

56

Praias (extensão em km)

-

3,2

Imóveis residenciais

16601

49381

Imóveis não-residenciais

158

645

Escritórios

43

168

Hospitais e casas de saúde

1

5

Colégios

3

20

Bancos

n.i.

n.i.

Clubes/ginásios

2

5

Garagem/estacionamento

-

3

Armazém/depósito

9

37

Posto de combustíveis

1

6

Cinema

-

2

Restaurante/bar/lanchonete

11

50

Estabelecimentos industriais

12

42

Hotel/motel/pensão/hotel residência

-

1

Oficinas

4

24

Supermercados

3

11

Casas/sobrados

2796

10216

Apartamentos

453

2239

Salas comerciais

44

205

Loja/sobreloja

162

61

Galpão/telheiro

14

74

Fonte: Prefeitura Municipal e IBGE